sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Elis convidou-me para a sua Casa no Campo




Aproxima-se o fim-de-semana e não obstante eu ser um individuo estruturalmente urbano, apetecia-me nesses dois dias de Dezembro estar num refúgio encantado, embebido num filtro de magia. Onde num ambiente místico pudesse fazer com as fadas uma aliança e descobrir o meu novo EU; ter somente a certeza da ternura dos amigos do peito e nada mais. Tal como Elis eu queria uma casa no campo onde pudesse ficar no tamanho da paz. Queria embebedar-me logo de manhãzinha com uma vista privilegiada sobre um jardim plantado, onde num canteiro me sorrisse uma velha camélia regada pelo silêncio e na noite comprida emocionar-me com o leve mas profundo brilho do luar. Queria uma casa no campo chamada alegria profunda, onde pudesse dar o meu grito de libertação. Uma simples casa para me enfeitiçar com as pequenas felicidades, as estrelas, o canto da cigarra, as laranjas num pomar,

E NADA MAIS.


Luís Galego, Infinito Pessoal

8 comentários:

andré maia disse...

Talvez uma casa onde, ao anoitecer, junto à lareira, à luz das candeias, com a alegria e a ternura de mãos dadas, a voz de Elis percorresse - como tão bem fazia - o quase êxtase de "fascinação"!...

Que tal, Luis, Parece-lhe bem?

Rosario Ferreira Alves disse...

acho que conheço uma casa destas... uma assim, que me foi berço e ainda me recebe de portas infinitamente abertas...
adorei, claro :)

abraço, Luís

rosa vaz disse...

...uma casa onde o tempo pinte os olhares com sorrisos , onde o tempo não tenha pressa e se espreguice por entre as esquinas do pensamento....

Parabéns pelo texto, Luis!

Ana de Freitas disse...

como eu o entendo!A casa de campo de Elis ou, de Bethânia, a casinha branca de varanda, um quintal e uma janela para ver o sol nascer, são dois dos meus refúgios preferidos nos dias em que as janelas da cidade embaciam o olhar ou esse olhar tropeça no betão para ver o horizonte...
Magnífico, o seu desabafo, Luís. Parabéns!

Gazeta Insonia disse...

Oi Luís
Eu também gostaria muito de ter dois dias numa casa dessas. Queria também retornar à escrita destes textos curtos, mini crônicas, que a vida há algum tempo me apartou, ma distanciou. Seguirei este blog também. Quem sabe, quando eu for embora pra Passargada a gente também se encontre por lá. Caso isso aconteça te apresentarei ao rei, que é meu amigo.
Beijo grande.

Unknown disse...

Belo espaço! A qualidade a que nos habituou no Infinito Pessoal. A escrita atingiu agora um nível de maturidade e de qualidade narrativa invejáveis.
Obviamnte, sigo-o!

Penélope disse...

Dizer o que??? Que eu sempre fujo com as FADAS e temos uma aliança de cumplicidade muito intensa... BELO, meu amigo!!! Abraços

João Roque disse...

Todos temos uma "casa de campo" no nosso imaginário.
A voz da Elis ajuda-nos no sonho...