sábado, 10 de dezembro de 2011

Duquesas e condessas a mais


Interessante a coluna de hoje de Pedro Mexia no jornal Expresso com o título GALLIMARD. Descreve momentos da prestigiada editora que iniciou em 1911 quando, Gaston Gallimard, André Gide e Jean Schlumberger – dois dos fundadores da “Nouvelle revue française” (NRF) – criaram Editions de la Nouvelle revue française. Oito anos depois passou a ter o nome de Librairie Gallimard. No primeiro catálogo publicado, lia-se: A Gallimard “não publicará um grande número de títulos; a editora propõe-se criar uma grande colecção de obras escolhidas e editadas com grande cuidado”. Isso não evitou que “La recherche du temps perdu” tivesse sido recusado. Marcel Proust enviou o manuscrito para a editora mas Gide rejeitou-o dizendo que tinha “duquesas e condessas a mais para aquele género de editora”. Mais tarde, escreveu uma carta a Proust assumindo que estava com remorsos.

Pode soar paradoxal, mas o facto é que a editora parece ter aprendido após este incidente proustiano e, desde então o facto de uma obra ser aceite pela Gallimard é visto como um atestado de qualidade. Padrão no mundo literário convida-nos a participar numa viagem através de um século de literatura na companhia dos principais vultos intelectuais, desde Aragon a Yourcenar, Sartre, Joyce, Faulkner, Céline, Queneau, Camus, Duras, Kerouac, Kundera, Le Clézio e Modiano.
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