Centenário do nascimento do
escritor de Alves Redol, um dos mais importantes nomes do Neorrealismo
português, celebra-se hoje. Quando, em 1939, Alves Redol publica Gaibéus, obra
inaugural da literatura neo-realista, Salazar tinha já feito descer a mão de
ferro do regime: estavam proibidos os partidos políticos, existia uma
Constituição de inspiração fascista, uma polícia política e a prisão do
Tarrafal. O livro, mais do que um retrato sobre luta de classes na lezíria
ribatejana, afirma-se como uma leitura profética do espírito do tempo e mostra
que este autor é dono de uma obra de grande observação da
realidade social que ultrapassa as fronteiras ideológicas.
"Não é difícil entender-se o que escrevo e porque escrevo. E também para quem escrevo. Daí o apontarem-me como um escritor comprometido. Nunca o neguei; é verdade. Mas também é verdade que todos os escritores o são."
in FANGA
"Vocês, os mais novos, vão encontrar belas coisas para fazer... Nessa altura, se o merecer, lembrem-se de mim."
in Jornal República, 1963
Link: Alves Redol
(Website)
2 comentários:
«Agora, que nos labirintos da vida se confundiram a tua voz e a ternura insubmissa com que alumiaste o nosso encontro, agora, sim, agora posso dedicar-te um romance.»
Alves Redol
(re)Visitando dias atrás a Exposição sobre Redol, em VFX, ficou a vontade de (re)visitar a sua escrita...
E lá fomos...pelo Tejo...com AVIEIROS!!!!!
Sempre a reler, a sentir, a partilhar...
TUDO DE BOM!
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